Muito se tem falado sobre a pandemia e os efeitos dela, quer a nível social, pessoal, psicológico e económico! De tanto que se tem falado que as vezes fico perdida e confusa nas informações que vão entrando em nossas casas sem pedir licença; Algumas falsas, outras exagerados e algumas delas influenciadas pela cor política que na minha opinião nada devia interessar quando se trata de saúde pública e do bem estar mundial e (finalmente) no meio desta panóplia de noticias manipuladas e dados influenciados e acompanhados pelo “diz que disse” chega a informação verdadeira; Aquela que vale (mesmo) a pena ter em consideração e levar a sério!

            As vezes fica muito complicado saber distinguir o certo do errado e o que devemos prestar atenção e o que devemos deixar passar, as vezes é preciso deixar de ver as notícias e fazer um “detox” de tudo o que está a acontecer. Mas a verdade é que mesmo fazendo isto tudo não podemos sair desta nova realidade nem ignorar o facto que as nossas vidas mudaram e, acredito, que ainda irão mudar mais.

            Ninguém é como antes, as pessoas vivem assustadas, os braços e os beijos que antes eram quase um ritual obrigatório agora passaram a ser uma espécie de crime público, os jantares de sexta a noite em que o objectivo era juntar o maior numero de pessoas possível agora resume-se a uma sala, um ecrã e uma reunião virtual que serve para nos enganar a nós mesmos e acreditar que estamos todos afastados mas juntos ao mesmo tempo. Mas a verdade é que a solidão e o desespero começam a tomar conta de nós… e entende-se somos humanos, seres sociáveis  “feitos” para conviver e viver em sociedade, alias, até se costuma dizer que ninguém é feliz sozinho… Engraçado, como as coisas mudam, agora temos que ser!

            Mesmo assim temos que ser conscientes e não podemos fingir que está tudo bem e que já passou tudo quando o número de casos está a aumentar (novamente) e se prevê uma segunda vaga! Não podemos ignorar que existem muitas pessoas desempregadas, muitas empresas a despedir trabalhadores e a passar uma crise horrível que tende a estender-se; A quem pode que não falte a força para ir trabalhar todos os dias e tentar normalizar a sua vida de modo a que pelo menos algum conforto financeiro  possa acalmar o furacão (covid) que nunca mais se vai embora.

            Aqueles que se sentem deprimidos que saibam procurar ajuda, que saibam confiar nos psicólogos para acalmar a incerteza, a dor e a angustia que estes dias nos têm trazidos e que a nunca se esqueçam que devemos procurar ajuda antes de ficar doentes porque depois tudo é mais complicado. 

Ás crianças e adolescente que estão de regresso as aulas que saibam desinfectar as mãos a cada acção que realizam, manter algum distanciamento social e que a máscara sirva como um escudo protector porque se alguém nos pode salvar é ela e o cuidado de cada um!

            Aos profissionais de saúde uma muito obrigada pela dedicação, coragem e camaradagem que nos tem prestado ao longo destes tempos, que não lhes falte a força no combate deste tão (forte) inimigo público.  Aos cientistas que continuem a usar a educação/formação e inteligência para encontrar uma arma (vacina) mais mortífera e poderosa que este vírus desconhecido, mas ao mesmo tempo familiar;

            A todos nós, a nossa inteligência e sabedoria; Para que assim que isto passe os pais , continuem, a ter tempo para os filhos, a ter disposição para uma sexta feira em casa com a família e a cima de tudo para que o egoísmo se vá embora e sejamos mais unidos e de uma vez por todos saibamos viver em sociedade respeitando a diferença e o feitio de cada um sem passar por cima de ninguém com  a ideia da superioridade e arrogância desmedida.

            Depois de me ter alongado tanto num texto solto e, para alguns, sem nexo nenhum  resta-me ir embora agradecendo ao “papel” por ser tão bom ouvinte e confidente  e aos que te lerem pedir desculpa por esta injecção de palavras;  Mas eu gosto de escrever sobre o que sinto e sobre os pensamentos que vagueiam numa mente que não para e hoje era isto que andava aqui as voltas e a martelar como se pedisse desesperadamente para ser partilhado.

Boa Noite!

A noite esta calma e o dia parece já ter terminado. Já deixei a confusão exterior para trás e agora, que já estou em casa e acalmei penso no dia de hoje!

            Neste dia tento sempre não ter muito tempo disponível, tento sempre não pensar demasiado. Não quero que as (boas) recordações venham ter comigo e me façam ter saudades de algo que não volta mais!

Hoje seria um dia divertido … Onde faríamos mil e uma coisa para celebrar o teu aniversário. Era o dia que nos sentávamos (todos) a ver as estrelas e a contar mil e uma piadas era o dia em que íamos todos jantar fora e rir até os abdominais acusarem um certo cansaço. Era dia de dizer-mos que seriamos sempre os melhores amigos que nunca nos iríamos separar!

Mas a verdade é que já os separamos (à seis anos), já não vamos juntos para casa, já não partilhamos as histórias mais insólitas que nos costumavam acontecer no dia-a-dia e quando um está mal o outro  já não está para fazer a tempestade passar e trazer o sol de volta.

É verdade que já se passou muito tempo e nesse tempo muitas coisas aconteceram e pouco sabemos um do outro, mas mentiria se dissesse que não tenho saudades e que me esqueci deste dia! Por isso; Parabéns!

            Não costumo escrever sobre estas coisas… mas… hoje apeteceu-me! Talvez para deixar a ideia que o orgulho, a teimosia e o deixar para amanhã nunca resolve nada. Apenas leva e apaga sentimentos que vão ficando perdido no tempo.

Quando existe um sentimento verdadeiro (neste caso a amizade) e algo menos bom acontece devemos deixar o que é bom falar e não a raiva e o orgulho do momento. Que saibamos todos pedir desculpa e que nunca deixemos nada para trás nem nada por dizer. O tempo não volta e passa muito rápido, tão rápido que as vezes já é tarde de mais para pedir desculpa.

Claro que  não basta pedir desculpa, também tem que (do outro lado) haver tolerância para saber ouvir e a cima de tudo saber perdoar. 

Somos humanos e todos erramos e isso não tem mal, o que tem mal é não ter humildade para pedir desculpa ou perdoar. 

Numa sociedade de lutas e conflitos talvez a melhor qualidade e ferramenta seja conseguir colocar-nos no lugar do outro.

Boa Noite!

A noite já vai longa e lá fora passam os últimos autocarros! Dentro deles as pessoas (cansadas) e algumas delas desesperadas para chegar a casa. Na estrada os carros passam de forma compassada fazendo uma melodia com o barulho das rodas a “deslizar” pelo asfalto. Não existe nada de novo, nada que agite a minha atenção que apenas esta em contemplar a natureza, o que se passa à minha volta.

Os dias são agitados e a rotina exige que estejamos em vários sítios ao mesmo tempo, que nos desmultipliquemos e que conseguimos responder a todas as expectativas sem perder um único ponto pelo caminho. A verdade é que conseguimos! Não perdemos nenhum ponto, não desapontamos ninguém a não ser a nós mesmos. Porque não paramos, porque nos esquecemos de nós, porque nos esquecemos de (muitas vezes) ouvir o nosso corpo a pedir socorro e depois isso trás dor, cansaço e as vezes até alguma frustração por conseguirmos tantas coisas para os outros e não conseguir a mais simples para nós: a paz, harmonia e serenidade.

Não é fácil mas eu aprendi a parar, aprendi a respirar fundo e a não deixar que os ou outros exijam de mim aquilo que não exigem deles, a ouvir o que o meu corpo pede e a cuidar de algo que se não estiver bem não me vai deixar estar bem com mais ninguém: o meu bem estar e a minha sanidade mental!

Foi assim que no início de cada noite, em cada autocarro que via passar deixei ir os medos, as angústias, os nervos e os contratempos do dia-a-dia.  Depois de já estarem muito longe e não os conseguir ver volto para dentro; fecho as janelas, apago as luzes e descanso. Tudo está pronto para que amanhã seja um novo dia!

Adoro ouvir músicas que me fazem bem, que me fazem parar, mas ou mesmo tempo viajar no tempo. Esta é uma dessas. Daquelas que me deixam bem-disposta, que me fazem sorrir e ao mesmo tempo sentir nostalgia, que me fazem ter saudades das memorias já arrumadas nas respetivas caixas. Não acho que as boas se devam fechar a sete chaves acho mesmo que essas devemos manter abertas até que a nossa mente as deixe voar. Sim, apesar de estarem arrumadas não quer dizer que não possam voar!

As vezes não é tanto pela letra, mas pela melodia, por tudo o que toda a sonoridade me transmite e faz sentir

Defendo e acredito, que por vezes, uma música triste pode fazer-nos sorrir tal como uma música alegre nos pode faz chorar! Depende da forma como olhamos e sentimos as coisas. Por isso não se esqueçam de olhar com alegria para a vida e sorrir sempre, pois as vezes as maiores complicações resolvem-se com um leve suspiro e com o recordar de uma memória feliz. Tal como o dia mais feliz e harmonioso se pode tornar num pesadelo com a chegada de uma memoria mais triste. Seja qual for a sensação que as coisas nos provoquem nunca devemos deixar de ser felizes, lutar por aquilo que acreditamos e nos rege. Acredito que, no fim, isso faz diferença.